
O relógio impetuoso do tempo está batendo na minha porta. Notei isso no meu último aniversário. Não sabia ao certo se era vinte e seis ou vinte e sete, mas me surpreendi ao perceber que era quase trinta.
Levantei correndo e olhei no espelho procurando por pés de galinha, rugas e tentando lembrar o nome daquele creme para a região dos olhos. Apavoro. Não eram só os olhos, tinha os lábios. Nessa hora lembrei de minha mãe, que vive dizendo que quer preencher os sulcos que com o passar do tempo apareceram no contorno de seus lábios. E mais que os lábios, o colo, ele denuncia a idade. E as mãos, as nádegas, as pernas. Cheguei a pensar nas orelhas, pois lembrei de como as orelhas na minha anciã avó eram grandes e não paravam de crescer. Chega!!!
Beleza não é tudo. Carreira, família, amigos. Aí percebi que já era quase trinta e minha carreira estava sem rumo. Era quase trinta e não tinha nem candidato a marido. Era quase trinta e os amigos só convidavam pra casamentos, chás de fraldas e batizados. Quando percebi parecia aquele coelho doido de Alice no país das maravilhas. Estou atrasada! Estou atrasada!
Mas espera aí! Sim, eu tenho quase trinta. Podia ter quase quarenta. Para que tanta pressa? Aí, percebi que não é o mundo que está com pressa. Ele continua tendo 365 dias. Os dias continuam com 24 horas. Mas as pessoas como eu, como você, estão sempre correndo. Correndo atrás do tempo perdido. Correndo como aquele coelho maluco de Alice.
Não é preciso correr para sentir o vento nos cabelos. A flor tem seu tempo próprio para florir, ela não vai abrir antes do tempo. O sol também não vai aparecer no céu as 4h da manhã só porque você tem que entregar aquele relatório ou terminar aquela apresentação para a manhã. Não seja seu próprio coelho. Pois como diz a música não é o que se leva da vida, mas a vida que se leva.
(Raquel Lima)
Levantei correndo e olhei no espelho procurando por pés de galinha, rugas e tentando lembrar o nome daquele creme para a região dos olhos. Apavoro. Não eram só os olhos, tinha os lábios. Nessa hora lembrei de minha mãe, que vive dizendo que quer preencher os sulcos que com o passar do tempo apareceram no contorno de seus lábios. E mais que os lábios, o colo, ele denuncia a idade. E as mãos, as nádegas, as pernas. Cheguei a pensar nas orelhas, pois lembrei de como as orelhas na minha anciã avó eram grandes e não paravam de crescer. Chega!!!
Beleza não é tudo. Carreira, família, amigos. Aí percebi que já era quase trinta e minha carreira estava sem rumo. Era quase trinta e não tinha nem candidato a marido. Era quase trinta e os amigos só convidavam pra casamentos, chás de fraldas e batizados. Quando percebi parecia aquele coelho doido de Alice no país das maravilhas. Estou atrasada! Estou atrasada!
Mas espera aí! Sim, eu tenho quase trinta. Podia ter quase quarenta. Para que tanta pressa? Aí, percebi que não é o mundo que está com pressa. Ele continua tendo 365 dias. Os dias continuam com 24 horas. Mas as pessoas como eu, como você, estão sempre correndo. Correndo atrás do tempo perdido. Correndo como aquele coelho maluco de Alice.
Não é preciso correr para sentir o vento nos cabelos. A flor tem seu tempo próprio para florir, ela não vai abrir antes do tempo. O sol também não vai aparecer no céu as 4h da manhã só porque você tem que entregar aquele relatório ou terminar aquela apresentação para a manhã. Não seja seu próprio coelho. Pois como diz a música não é o que se leva da vida, mas a vida que se leva.
(Raquel Lima)
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